terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Sinal: Dilma manda tirar Bíblia e crucifixo do gabinete

Povo brasileiro hoje foi noticiado nos principais meios de comunicação que a vossa presidente, ou precidenta como queiram chamá-la, retirou alguns símbolos religiosos do seu gabinete. Para os lideres cristãos que a apoiaram em campanha talvez isso signifique alguma coisa.

Mas o que valem peças tão insignificantes como o crucifixo e a Bíblia para alguém que declarou veramente ser a favor do aborto? Não digo do que ela disse em campanha, mas anteriormente quando talvez não se preocupasse com votos, afinal nunca foi eleita a nada e sim indicada a cargos tão importantes dentro de uma nação.

Não acho complicação perceber mais uma contradição da senhora Dilma. Pois se não estou muito enganado ela disse ser cristã católica e dentro do sei do catolicismo não cabe tal comportamento, os católicos que conheci, por menos praticantes que fossem, respeitavam um Crucifixo e o significado que ele tem.

Sei que tem gente justificando como um principio para que se torne um Estado Laico. Não me convence. Penso que a eloqüência é de uma negação exata ao que “aquilo” significa para ela. Para um poder que busca o totalitarismo, a injustiça, os interesses próprios, a manipulação das massas, o condicionamento do povo ao Estado e a maldição do aborto certamente a cruz de Cristo deve ser um grande incomodo.

Pergunto-me que valor tem a tradição bíblica para a católica Dilma? Serão somente as conveniências que se encontram na Sagrada Escritura? Não me espanta, mas a você cristão que acreditou nas ladainhas da campanha deveria espantar, lamento te informar, mas você foi enganado, “comprou um lobo na pele de cordeiro.”

Lembram o quanto citou o nome de Deus na campanha? Perceberam no discurso da vitória como não encontramos Deus no seu pronunciamento? Como não o encontraremos na sua forma de gerir o Estado que foi formado em bases cristãs.

Ela é a forma descarada do governo lulista. Lula era um pouco mais discreto e maleável em sua postura, mas Dilma não será. Como disse o seu coleguinha Chavez: “Dilma é uma companheira de fibra, participou da guerrilha armada (...) é de pulsos fortes.” Está claro cristão, vocês estão sujeitos a força desse pulso feminino, isentos de meiguice e abundante ao não-cristianismo.

Aos cristãos decepcionados só cabem por enquanto o lamento, e quem sabe quando tudo piorar se organizarem para uma nova cruzada. A guerrilha agora e contra os valores transcendentais tão preservados na tradição cristã. O desastre moral está por começar, ou continuar declaradamente, a poderosa chefona já está no seu posto. Para os que crêem muito em Deus preparem as armas da oração, pois a “besta” está no poder e combatê-la pode não ser fácil.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Morre Dom Manoel Pestana Filho, um dos últimos bispos tradicionais



Morre Dom Manoel Pestana Filho, um dos últimos bispos tradicionais. Morre o bispo, mas não morre algumas convicções que ele tanto lutou como professor, padre e epíscopo. Um homem sábio, professor ilustre de filosofia e teologia, um soldado contra o aborto, um pastor do povo religioso. Temos a infeliz tendência de canonizar os mortos, não é essa a minha intenção, apenas reconheço sem dificuldade o grande homem virtuoso que foi Dom Manoel.
Tive a feliz oportunidade de na minha infância ter um contato mais próximo com ele, quando ele ainda era bispo titular da diocese de Anápolis e levava a todos a fama de uma diocese tradicionalista. Conheci Dom Manoel aos meus quatro anos, quando ele celebrou o casamento da minha tia, deu-me muita atenção quando pedi pra pegar o seu solidéu, criança atrevida e curiosa disse: “Quando crescer eu quero ser como você”. Hoje sei que não sou nem parecido, e nunca o serei.
Mais tarde alimentando o desejo de ser padre pude beber da fonte sábia do bom bispo quando nos falava atenciosamente sobre vocação, contava a história de sua vida e apontava os perigos da sociedade moderna em se afastar dos valores transcendentais. Nesses momentos me presenteou com a imagem do imaculado coração e pediu que rezasse ao Imaculado Coração pedindo que nos livrasse da maldição do aborto.
Ainda mais tarde quando eu já me desvinculava da Igreja e iniciei os meus estudos de filosofia na Faculdade Católica de Anápolis tive mais uma vez a felicidade de ter a aula inaugural ministrada por ele. Que ilustre professor, como a pouco lamentávamos na faculdade: Não deixou nenhuma obra filosófica publicada, uma grande pena. Porém com certeza, nós, seus alunos, guardamos no coração os seus ensinamentos. Na aula inaugural orientávamos a indagar não o que faríamos com o estudo de filosofia, mas o que a filosofia faria com a gente. E esse pensamento foi eloqüente em todo o curso, volta e meia falávamos: “olha o que a filosofia tem feito com a gente”.
Dom Pestana lutou até o fim por seus ideais. Sábia que se aproximava a hora de sua páscoa. Escreveu para os bispos em ocasião das eleições 2010: “Suportem-me, que o menor dos irmãos lhes possa dirigir uma palavrinha amiga, mas angustiada de quem se prepara, temeroso, para partir.” E de fato, logo partiu.
E continuou escrevendo sobre sua preocupação com a atual política: “Horroriza-me a frieza com que olhamos tal estado de coisas. Somos pastores ou cães voltados contra as ovelhas? Somos ou não, alem disso, cúmplices de uma política atéia empenhada em apagar os últimos traços da nossa vida cristã?”
Dom Manoel foi também um homem caridoso. Acompanhou a Irmã Elizabeth em suas visitas aos enfermos dando a extrema unção e palavras de conforto. Foi ele um suporte para a fundação da comunidade religiosa, cedeu espaço diocesano para a formação do precioso instituto das Irmãs Franciscanas da Divina Misericórdia. Foi ele que apresentou à Santa Sé a aprovação do estatuto das irmãs e obtiveram uma resposta feliz.
Em Anápolis são 25 anos à frente da Igreja, é difícil encontrar alguém nessa cidade que não tenha um testemunho positivo da atuação humana e religiosa de Dom Manoel Pestana Filho. Preparo-me para ir ao seu velório, vou prestar a minha homenagem a um dos poucos homens de sã intenção que integra a Igreja Católica. Hoje eu não o louvo por ser tradicional, por ser bispos ou ao menos por ser padre, mas o louvo como alguém que realizou bem o seu papel. Fez justiça a sua missão humana de pessoa boa comprometida com Deus e com os seus filhos. Rogo a Deus para que de certa forma tudo o que ele plantou seja frutificado na nossa humanidade, tão sedenta de coisas justas.


"Deus não julga se ganhamos ou não a batalha, mas se lutamos e se lutamos bem”. Dom Manoel Pestana