quinta-feira, 28 de junho de 2007

Sobre o fim


Sobre o fim

Só buscamos entender melhor a vida quando somos surpreendidos pelo inevitável fim dela. A morte e todos os seus mistérios deixam cada ser humano muito intrigado... Os fatos, ou fatalidade que tem presente a morte faz em nossas cabeças um grande vazio interrogativo... Para onde foi? Porque foi agora? Há culpados? Aqui nos deparamos com a dor. Porque quanto mais nos esforçamos não saberemos responder, e em uma cultura que morte só é perda, só conseguirá chorar sem consolo. Alguns buscam em crenças e religiosidade a ‘resposta-irrespondível’, outros por outro lado na rebeldia tenta aniquilar tudo o que exija a confiança na fé. Em momento de dor o ser sofredor quase sempre, não pode e não consegue ser responsavelmente consciente naquilo que crer ou faz. Porem a grande verdade é que é inconsolável. Com isso se torna preciso a “busca da paz”, calar-se para o exterior, e entrar em ação de paz consigo mesmo. Todavia encontro uma amiga em prantos, após a “páscoa” da sua irmã que se submeteu a trágica realidade de um tumor, ela me dizia: “Nós a perdemos.... Perdemos a batalha, ela e nós fizemos o q que podíamos... mas não conseguimos... ela não resistiu”. Eu disse: “ você não perderam, o mistério diz que a morte nem sempre é sinal de derrota... Pode sim ser a vitória, ela lutou para viver.. e agora vive eternamente...” Não sei se ela entendeu o que eu quis dizer, mas eu aprendi muito com aquela dor de morte e saudades.

Muitas vezes brincamos ao dizer que a morte é a única certeza que temos na vida. De fato. Porém a certeza do cristão é duas, a primeira é em si a da morte, e a outra é que fechando os olhos para essa vida nós reviveremos para a eternidade. Ou seja não morremos, passamos. Nunca a vida acaba, para quem a viveu bem, mas sofre uma páscoa. Que beleza de mistério contemplamos.

Hoje quando eu contemplava a morte, via um pequeno papel, que ao certamente um pedaço de uma pagina de um livro. O vento batia no papelzinho que voava vagamente. E fui a fundo, percebi que a nossa vida é esse “pedaço de uma grande historia” levada pela força do vento e do tempo, Eu sei que a cada contabilizar do tempo poderemos construir paginas mais belas e felizes. Não voltando ao passado, mas revertendo a historia com o meu propósito do hoje. Para que quando nos deparar com a “páscoa-misteriosa”, possamos eterniza tudo o que aqui buscamos: A felicidade . nunca devemos ter medo dessa hora, por que ela só será a “eternizarão” do que aqui você iniciou. Por isso bosque ser feliz angorá... “e quem vive bem morre bem.” Esta é a minha esperança.

*Ítalo Alessandro, abril de 2007

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