sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Raul Seixas


Hoje dia 21 de Agosto de 2009 celebra-se o aniversário de morte de RAUL SEIXAS. A identidade de Raul perdura meio confusa nas ultimas décadas. Ora esse homem fez multidões gritarem seu nome e cantarem suas músicas em coro, e ainda hoje é difícil uma apresentação de barzinhos que não se escuta: Toca Raul!
Alguns críticos de música o definem como um roqueiro clássico, outros dizem que ele é integrante diferenciado na música popular brasileira. Fãs pecam ao classificá-lo como filosofo. Mas o artista anarquista que incentivou a rebeldia e pregou uma verdade subjetiva? Não seria certo discriminar a arte da sua época, mas não é certo igualar a arte a sua vida moral ética. Mas por que não limitar a sua identidade a sua música: “maluco beleza”? Talvez seja o mais certo. Pesquisei algumas coisas de Raul, e ninguém me convenceu saber bem quem ele foi. Ou não foi, é, afinal sua memória é viva e atuante na sociedade.
Raul praticou a arte da música em uma época de censuras injustas, talvez seja por isso que sua ética social foi marcada pela rebeldia ao ponto de exceder o censo que um artista precisa ter diante da cultura. É certo que não se combate guerra com guerra, mas guerra com paz, aqui Seixas errou. Louvo as criticas políticas que ele desejou expressar, porém condeno a forma anarquista de demonstração.
Nossa cultura perdeu muito com essas tendências do rock ao querer se impor diante da política e dos valores sociais. Não tenho duvida de que a falta de respeito dentro da família, a rebeldia inquieta e perturbante dos alunos em sala de aula, é um pouco do preço que hoje pagamos por esses movimentos ideológicos que teve como ícone o Senhor Raul.
Gritavam por liberdade e não sabiam o que de fato é ser livre. Pedia direitos quando violavam os seus deveres. O entendimento errôneo de liberdade, a busca por querer destacar-se como militantes de uma ideologia, o uso da música e da arte como formas de protesto, são algumas características de Raul Seixas e seus fieis seguidores.
Entendendo o momento histórico que Raul viveu, louvo suas composições e aplaudo sua interpretação de palco. Não sei o que o levou a abraçar as drogas e a vida desordenada, não consigo perceber ate onde sua rebeldia política era revolta particular e ate onde era um amor pela nação.
Sua obra tem poética e originalidade, algumas músicas de qualidade impar. Conseguiu musicalizar a complexidade da alma humana e a busca pelo eterno compreender da vida. Não como um filosofo, como alguns exageram, mas como um artistas complicado entre rótulo,momento político, amor, vida, existência, fama e a sua religiosidade. A morte aos 44 anos de idade foi inesperada pelos fãs, mas prevista pela lei moral que regi o mundo.
“Há homens que nascem póstumos”, diz Raul, mas ele com certeza não é um desses homens, o mundo colhe frutos da eloqüente vida que teve. Como descrevi acima, frutos bons e frutos venenosos. Não desejo que Raul Seixas seja esquecido, mas seja moderado, como todo o rock.

Por Ítalo Alessandro

3 comentários:

  1. ...essa metamorfose ambulante nois guiará por mais 20 anos!!
    ...Aquela velha opinião formada estará presente por mais 20 anos!!
    ...e a sociedade alternativa, essa viverá para sempre!! Viva, viva a sociedade alternativa!!

    ResponderExcluir
  2. A moderação, o equilíbrio, é a base de um bem-viver. Tudo que excede, sobra... e tudo que sobra é lixo!
    Louvo Raul naquilo que merece ser louvado!

    Abração Ith!

    ResponderExcluir
  3. chamar o Raul de filosofo,nao e pecado dos fãs,pois ele era formado em filosofia.e eu acho q vc e EMO!!!UHAHUAHUA

    ResponderExcluir