quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Quando a gente ama não pensa em dinheiro. Só se quer amar.


IV PARTE
ANÁLISE MÚSICA " NÃO QUERO DINHEIRO " Tim Maia.





A globalização do capitalismo fez com que as pessoas pensem primeiramente dos lucros antes mesmo de qualquer coisa, e acredite, pensam primeiro no dinheiro do que em Deus, família, amigos e amores. Houve um bom tempo onde o ser humano valorizava a sua origem e via o Amor acima de todas as coisas. Mas a sociedade moderna acha-se no direito de ocupar o sempre com prazeres imediatos. Procuram remédios instantâneos de efeito imediatos, substitui a felicidade pelo prazer, o belo pelo encanto e a verdade por frases generalizam. Fizeram um padrão de utilidade e prazeres, e os seguem como regra fundamental. Uma sociedade que vive o relativo da vida, e na verdade são vazias e só trazem conseqüências diretas a fragilidade das emoções e a depressão. A depressão coletiva é conseqüente por substituirmos o necessário com o coisas relativamente precisas para sua existência. Acham que o dinheiro compra tudo, e mesmo sabendo que não compram continuam tentando comprar. Estão no buraco capitalista e o cavam cada vez mais fundo na procura de ouro. Por que não cavam os escombros da sua existência e encontram o amor e nele a razão para se viver com qualidade e alegria? Mas não, o consumismo é o que governa as nossas mentes, tudo por dinheiro e pelo prazer imediato. Tim Maia mais uma vez me remete a pensar nas dimensões do amor verdadeiro de um eu para um tu. O capitalismo, além de provocar o individualismo e a ganância do homem faz com que deixe de lado a necessidade de amar e ser amado. Não serei hipócrita o bastante para afirmar que existe uma pessoa que não tem em si algo, mesmo que pouco do capitalismo. Infelizmente o capitalismo está mais do que infiltrado na nossa forma de viver, está no nosso pensar. Porém quanto mais próximo estamos do amor mais desapegados dos laços matérias nós estaremos, por que o amor provoca naturalmente um desprender-se de tudo o que é passageiro e busca verdades solidas. Toda a riqueza material acumulada perde-se no tempo, mas as riquezas de virtudes ficam para sempre como todas as coisas que são feitas de coração.
Falando de desapego lembro-me do grande Francisco de Assis que antes de ser “santo” pelos conceitos da igreja é um exemplo de humanidade. Francisco viveu toda a sua vida esbanjando de bens passageiros, e como todos que fazem seu alicerce no acidental da vida ele também encontrou uma grande tristeza. Mas teve um encontro de caridade, começou a conhecer o amor e naturalmente se desprendeu de toda a fortuna da família para viver em favor dos pobres e da comunidade que o seguia por que encontraram nele um amor sem igual não só a Deus, mas a toda a criação e as criaturas. Na história desse jovem de Assis é que reafirmo a idéia de que quanto mais próximos estarmos do amor verdadeiro, tanto mais livres seremos.
“Buscai o amor em primeiro lugar e as outras coisas virão como acréscimo.” Escutamos muitas malignas línguas dizendo que a união de fulano e cicrano foi por puro interesse financeiro. Está sem duvida é uma atitude que nega o amor verdadeiro, pois o amor é gratuito, é interessado só no Bem da pessoa amada. Como reza a música do Tim Maia: “quando agente ama não pensa em dinheiro”, ou ao menos não se pensa primeiro no dinheiro.

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